sábado, 24 de setembro de 2011

PALESTRA: 'GUERRA AO NARCOTRÁFICO NO MÉXICO': MÍDIA E HISTÓRIA DO TEMPO PRESENTE

Convite:

O Programa de Pós-Graduação em História e a Comissão Organizadora da II Semana Acadêmica de História da Universidade do Estado de Santa Catarina têm o prazer de convidar a Professora Guadalupe Teresinha, da Universidade Autônoma do México, México, para proferir palestra intitulada “Guerra al narcotráfico en México: mídia e historia del tiempo presente”, no dia 13 de outubro de 2011, às 14:00.
Será uma grande honra e um prazer receber aqui a Professora e partilhar de suas reflexões sobre um assunto tão importante e atual como este.
Cordialmente.

Florianópolis, 23 de setembro de 2011.

--
Prof. Dr. Luiz Felipe Falcão
Coordenador do PPGH/UDESC

SIMPÓSIO DO GT HISTÓRIA DAS RELIGIÕES E RELIGIOSIDADES

Site do Evento: http://www.wix.com/dehisuepg/sdh
Email: semanadehistoriadehisuepg@yahoo.com.br
Simpósio do GT História das Religiões e Religiosidades –(ANPUH/PR e ANPUH /SC)

40ª. Semana de História - Religião, Cultura e Identidades
01 a 04 de novembro de 2011

PARA ORGANIZAÇÃO DOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS E SESSÕES DE COMUNICAÇÃO LIVRE
o de 20 agosto a 15/set: Envio de propostas de Simpósios Temáticos;
o até 20 de setembro Divulgação da aprovação dos ST
o
o 20/set a 20/out: Inscrição de Comunicações (com envio de resumo) para Apresentação nos Simpósios Temáticos;
o
o de 20/set até 20/out: Inscrição de Comunicações Livres (com envio de resumo);
o de 21/out a 28/out Análise das inscrições pelos coordenadores dos Simpósios Temáticos;
o 29/out Divulgação da relação de trabalhos inscritos e da programação dos Simpósios Temáticos e das Sessões de Comunicação Livre;
30/out Comissão Científica enviará nova chamada aos autores para envio dos textos integrais dos trabalhos;
o 11/nov Autores deverão enviar o texto integral para publicação dos anais;
PARA A INCLUSÃO DOS TRABALHOS NOS ANAIS ELETRÔNICOS DO EVENTO
 de 20/set a 20/out: Envio de Resumos (anexo à Inscrição);
Orientação para Apresentação das Propostas de Simpósio Temático
Cada Simpósio poderá ter até dois (2) Coordenadores;
As propostas deverão ser encaminhadas em arquivo Word ou OpenDocument (.doc; .rtf; .odt);
Os proponentes de STs deverão:
 ter titulação mestre ou doutor;
A proposta deverá contemplar as seguintes informações:


TÍTULO DO SIMPÓSIO
COORDENADOR(ES)
Nome:
Instituição:
Titulação:
Endereço para Correspondência:
Telefones de Contato:
Email:
DESCRIÇÃO (Objetivos, Justificativa, etc.)
Orientação para Inscrição de Comunicações (Simpósios e Livres)
Os autores dos trabalhos deverão estar inscritos no evento;
No momento da inscrição de trabalho, o autor deverá indicar qual o Simpósio Temático de sua escolha;
A inscrição de comunicações nas Sessões de Comunicação Livre será feita pelo(s) autor(es) do trabalho, por sua escolha no ato da inscrição;
A Comissão Científica do evento poderá incluir entre as comunicações livres os trabalhos inscritos que não estiverem articulados às propostas dos Simpósios Temáticos;
Cada autor poderá inscrever até dois (2) trabalhos a serem apresentados;
Os trabalhos encaminhados por alunos de graduação (Iniciação Científica, TCCs etc.) deverão especificar essa característica, indicando o nome e titulação do orientador, logo após o nome do autor.
Acadêmicos de Iniciação Científica e PET poderão inscrever-se para apresentar trabalhos nos Simpósios Temáticos. Demais acadêmicos terão seus trabalhos direcionados para apresentação nas sessões de Comunicação Livre.
Para a inscrição do(s) trabalho(s), o autor deverá encaminhar sua proposta contemplando os seguintes itens:
Título do Trabalho:
Autor(es)
Nome:
Instituição:
Titulação:
Endereço para Correspondência:
Telefones de Contato:
Email:
Orientador(es)
Nome:
Instituição:
Titulação:


Resumo: mínimo de 30 linhas (2.400 caracteres) e máximo de 40 linhas (3.200 caracteres),
Palavras-chave: mínimo de três (3) e máximo de cinco (5) palavras;
*******
As propostas deverão ser encaminhadas em arquivo Word, com a seguinte formatação:
- Margens: superior 3cm; inferior 2cm; direita 2cm; esquerda 3cm;
- Editor de texto: Word do Office 2003 [ou posterior]
ou OpenOffice - Fonte: Times New Roman, tamanho 12 - Espaçamento: simples - Parágrafo: justificado
Orientação para Envio dos Textos Integrais dos Trabalhos Inscritos:
Os textos integrais em versão definitiva (para publicação) deverão ser encaminhados de acordo com o cronograma anteriormente exposto, em arquivo Word ou OpenDocument (.doc; .rtf; .odt), contendo as seguintes informações:
Título do Trabalho:
Autor(es)
Nome:
Instituição:
Titulação:
Orientador(es)
Nome:
Instituição:
Titulação:
Resumo:
Palavras-chave: mínimo de três (3) e máximo de cinco (5) palavras;


Texto Integral
Ao encaminhar o Texto Integral para a publicação nos Anais Eletrônicos do evento, os autores deverão considerar as seguintes indicações:
1. Deverá ter um mínimo de 8 (oito) e máximo de 16 (dezesseis) páginas;
2. A formatação do arquivo:
Margens: superior 3cm; inferior 2cm; direita 3cm; esquerda 3cm;
Editor de texto: Word do Office 2003 (ou posterior) ou OpenOffice Fonte: Times New Roman, tamanho 12 Espaçamento: simples Parágrafo: justificado
3. Os trabalhos em outros idiomas que não a língua portuguesa deverão ser acompanhados de um resumo em português.
4. Trazer título que corresponda com clareza à idéia geral do trabalho.
5. Apresentar no mínimo 3 (três) e no máximo 5 (cinco) palavras-chave em português.
6. No caso de material elaborado sob orientação, indicar o nome e titulação do professor orientador.
7. Caso a pesquisa tenha apoio financeiro de alguma instituição, esta deverá ser mencionada.
8. O autor deverá identificar-se indicando sua vinculação institucional e titulação acadêmica.
9. Os textos deverão considerar os seguintes requisitos: clareza, atenção às regras de ortografia e da gramática da língua portuguesa, respeito às normas de apresentação de trabalhos científicos, conforme as indicações aqui apresentadas;
10. Na estrutura do trabalho, destacar os objetivos da pesquisa, a metodologia adotada, as fontes e o diálogo com produção de outros pesquisadores, os resultados ou conclusões, bem como a contribuição do trabalho para o campo acadêmico/científico pertinente.
11. Os textos não deverão conter tabulação, colunas ou separação de sílabas hifenizadas; o tamanho máximo de arquivo aceito é de 5Mb.
12. Caso o trabalho contenha imagens, estas deverão ser escaneadas e inseridas pelo autor ao longo do texto. O autor deve atentar para que as dimensões das imagens no corpo do trabalho garantam uma boa visibilidade.
13. As citações de até três linhas devem constar entre aspas, no corpo do texto, com o mesmo tipo e tamanho de fonte do texto normal. As citações a partir de quatro linhas devem ser em Times New Roman 11, itálico, com recuo esquerdo de 4 cm.
14. Para a referência das citações, deve-se indicar no corpo do texto, entre parênteses, o nome do autor em letras maiúsculas, seguido do ano de publicação e da indicação das páginas citadas. Exemplo: (OLIVEIRA: 1993:25-26).
15. O uso de rodapé destina-se a notas explicativas.
16. Ao enviar seus trabalhos, os autores autorizam a sua publicação nos Anais, bem como concordam em abdicar dos direitos editoriais para essa publicação.
17. As opiniões publicadas são de inteira responsabilidade dos autores dos textos.
18. Os textos aprovados para publicação poderão ser submetidos à revisão da língua portuguesa pelos editores.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Entrevista com Eric Hobsbawm (O Estado de S.Paulo, 10/09/2011)

Abaixo, entrevista de Eric Hobsbawm, publicada no jornal O Estado de S.Paulo de 10 de setembro de 2011 (encaminhada à ANPUH-Seção SC pela colega Giane Maria de Souza).
----
Trocando mitos por história
Eric Hobsbawm fala do 11/9 e de um mundo sem rumo onde se quer provar o gosto da diversidade
Laura Greenhalgh, O Estado de S. Paulo, 10 de setembro de 2011

O ataque às torres gêmeas do World Trade Center, há exatos dez anos, num atentado que não só amputou a paisagem de Nova York, mas acima de tudo tirou a vida de milhares de pessoas, acordando o mundo para tensões inauditas, foi a mais completa experiência de uma catástrofe de que se tem notícia, afirma com convicção o historiador britânico Eric Hobsbawm, nesta entrevista exclusiva ao Aliás. “Porque foi vista em cada aparelho de TV, nos dois hemisférios”, justifica em seguida. Mas, quando ele coloca a mesma catástrofe no plano maior da história das civilizações, daí faz com que afirmação superlativa submeta-se a outras associações de ideias, que nos convidam a pensar. E pensar muito. Aos 94 anos, Eric John Ernest Hobsbawm mais uma vez dá provas de que o caminhar da humanidade se faz com passos que medem séculos e a melhor unidade da história, no seu jeito de ver o mundo, é a “era”, e não os dias, os anos, nem mesmo as décadas. Aqui mesmo, nestas páginas, ele nos contará por que acha que já entramos na ‘era do declínio americano’, sem em nenhum momento subestimar o país que por muito tempo ainda exportará seu formidável “soft power” – o cinema, a música, a literatura, a moda, os estilos de vida, enfim, todo um aparato cultural.
Hobsbawm concedeu esta entrevista dias atrás, de regresso a Londres depois do descanso de verão. Respondeu por escrito ao conjunto de perguntas. Ao construir as respostas, vê-se como selecionou os exemplos que melhor ilustram seu raciocínio, sempre com invejável disposição intelectual. Ao final do questionário, e depois de revelar até os projetos que gostaria de desenvolver “se fosse mais jovem”, terminou a entrevista com a seguinte afirmação: “Isso é tudo o que eu quero dizer”.
Autor de A Era das Revoluções, A Era do Capital, A Era dos Impérios e A Era dos Extremos,em que tece uma ‘breve história’ do século 20, questiona assimilações como a superioridade cultural do Ocidente, por vezes invólucro de uma arrogância histórica que hoje mal disfarça a incapacidade de entender, afinal de contas, o que vem a ser uma sociedade tribal ou um califado. Por outro lado, acha que a intensificação dos fluxos migratórios, levando incessantemente gente jovem de um canto a outro do planeta, embora gere muita xenofobia, gera também uma visão mais disseminada da diversidade do mundo. Visão que a geração de Hobsbawm, nascido em 1917 no Egito sob domínio inglês, numa família judia mais tarde perseguida pelo nazismo, definitivamente não teve. Professor (emérito) da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e da New School for Social Research, em Nova York, Hobsbawm só é capaz de compreender o historiador como um “observador participante”, além de se autodefinir também como um “viajante de olhos abertos e jornalista ocasional”. Chega a recomendar aos seus leitores que tentem tomar o que ele escreve “na base da confiança”, porque embora pesquise incansavelmente, se dispensa das referências bibliográficas sem fim e das enfadonhas exibições de erudição. Por isso, seguramente, seu estilo é inconfundível.
Marx, ele descobriu na juventude. Ao fixar-se em Londres, logo alistou-se no Partido Comunista e, depois, no exército britânico, para combater Hitler. Evidentemente Hobsbawm foi cobrado pelo método marxista de análise que ainda hoje utiliza, especialmente quando muitos dos seus pares trataram de rever posições, a partir do desmoronamento do mundo soviético. Em sua autobiografia, Tempos Interessantes (lançada em 2002 pela Companhia das Letras, assim como outros títulos importantes do autor), ele próprio já tratava de acalmar os fustigadores: “A história poderá julgar minhas opiniões políticas – na verdade em grande parte já as julgou – e os leitores poderão julgar meus livros. O que busco é o entendimento da história, e não concordância, aprovação ou comiseração”.

No livro Globalização, Democracia e Terrorismo, de 2007, o senhor passa para os leitores certo pessimismo ao lhes colocar uma perspectiva crucial e ao mesmo tempo desconfortante: ‘Não sabemos para onde estamos indo’, diz, referindo-se aos rumos mundiais. Olhando as últimas décadas pelo retrovisor da história esse sentimento parece ter se intensificado. Em que outros momentos a humanidade viveu períodos marcados por essa mesma sensação de falta de rumos?

Embora existam diferenças entre os países, e também entre as gerações, sobre a percepção do futuro – por exemplo, hoje há visões mais otimistas na China ou no Brasil do que em países da União Europeia e nos Estados Unidos -, ainda assim acredito que, ao pensar seriamente na situação mundial, muita gente experimente esse pessimismo ao qual você se refere. Porque de fato atravessamos um tempo de rápidas transformações e não sabemos para onde estamos indo, mas isso não constitui um elemento novo em tempos críticos. Tempos que nos remetem ao mundo em ruínas depois de 1914, ou mesmo a vários lugares daquela Europa entre duas grandes guerras ou na expectativa de uma terceira. Aqueles anos durante e após a 2ª Guerra foram catastróficos, ali ninguém poderia prever que formato o futuro teria ou mesmo se haveria algum futuro. Cruzamos também os anos da Guerra Fria, sempre assustadores pela possibilidade de uma guerra nuclear. E, mais recentemente, notamos a mesma sensação de desorientação ao vermos como os Estados Unidos mergulharam numa crise econômica que até parece ser o breakdown do capitalismo liberal.

Nações saíram empobrecidas, arruinadas mesmo, das guerras mundiais, mas é adequado pensar que havia naqueles escombros o desenho de um futuro?

Sim. Se de um lado o futuro nos era desconhecido e cada vez mais inesperado, havia por outro lado uma ideia mais nítida sobre as opções que se apresentavam. No entreguerras, a escolha principal de um modelo se dava entre o capitalismo reformado e o socialismo com forte planejamento econômico – supremacia de mercado sem controle era algo impensável. Havia ainda a opção entre uma democracia liberal, o fascismo ultranacionalista e o comunismo. Depois de 1945, o mundo claramente se dividiu numa zona de democracia liberal e bem-estar social a partir de um capitalismo reformado, sob a égide dos EUA, e uma zona sob orientação comunista. E havia também uma zona de emancipação de colônias, que era algo indefinido e preocupante. Mas veja que os países poderiam encontrar modelos de desenvolvimento importados do Ocidente, do Leste e até mesmo resultante da combinação dos dois. Hoje esses marcos sinalizadores desapareceram e os ‘pilotos’ que guiariam nossos destinos, também.

Como o senhor avalia o poder das imagens de destruição nos ataques do 11/9 a Nova York, tão repetidas nos últimos dias? Tornaram-se o símbolo de uma guinada histórica, apontando novas relações entre Ocidente e Oriente? Por que imagens do cenário de morte de Bin Laden surtiram menos impacto?

A queda das torres do World Trade Center foi certamente a mais abrangente experiência de catástrofe que se tem na história, inclusive por ter sido acompanhada em cada aparelho de televisão, nos dois hemisférios do planeta. Nunca houve algo assim. E sendo imagens tão dramáticas, não surpreende que ainda causem forte impressão e tenham se convertido em ícones. Agora, elas representam uma guinada histórica? Não tenho dúvida de que os Estados Unidos tratam o 11/9 dessa forma, como um turning point, mas não vejo as coisas desse modo. A não ser pelo fato de que o ataque deu ao governo americano a ocasião perfeita para o país demonstrar sua supremacia militar ao mundo. E com sucesso bastante discutível, diga-se. Já o retrato de Bin Laden morto (que não foi divulgado) talvez fosse uma imagem menos icônica para nós, mas poderia se converter num ícone para o mundo islâmico. Da maneira deles, porque não é costume nesse mundo dar tanta importância a imagens, diferentemente do que fazemos no Ocidente, com nossas camisetas estampando o rosto de Che Guevara.

Mas além da chance de demonstrar poderio militar, os Estados Unidos deram uma guinada na sua política externa a partir de 2001, ajustando o foco naquilo que George W. Bush batizou como ‘war on terror’. Outro encaminhamento seria possível?

Eu diria que a política externa americana, depois de 2001, foi parcialmente orientada para a guerra ao terror, e fundamentalmente orientada pela certeza de que o 11/9 trouxe para os EUA a primeira grande oportunidade, depois do colapso soviético, de estabelecer uma supremacia global, combinando poder político-econômico e poder militar. Criou-se a situação propícia para espalhar e reforçar bases militares americanas na Ásia central, ainda uma região muito ligada à Rússia. Sob esse aspecto, houve uma confluência de objetivos – combate-se o inimigo ampliando enormemente a presença militar americana. Mas, sob outro aspecto, esses objetivos conflitaram. A guerra no Iraque, que no fundo nada tinha a ver com a Al-Qaeda, consumiu atenção e uma enormidade de recursos dos EUA, e ainda permitiu à organização liderada por Bin Laden criar bases não só no Iraque, mas no Paquistão e extensões pelo Oriente Médio.

Os Estados Unidos lançaram-se nessa campanha sabendo o tamanho do inimigo?

O perigo do terrorismo islâmico ficou exagerado, a meu ver. Ele matou milhares de pessoas, é certo, mas o risco para a vida e a sobrevivência da humanidade que ele possa representar é muito menor do que o que se estima. Exemplo disso são as importantes mudanças que ocorreram neste ano no mundo árabe, mudanças que nada devem ao terrorismo islâmico. E não só: elas o deixaram à margem. Agora, o mais duradouro efeito da war on terror, aliás, uma expressão que os diplomatas americanos finalmente estão abandonando, terá sido permitir que os Estados Unidos revivessem a prática da tortura, bem como permitir que os cidadãos fossem alvo de vigilância oficial. Isso, claro, sem falar das medidas que fazem com que a vida das pessoas fique mais desconfortável, como ao viajar de avião.

Diante dos problemas econômicos que hoje afligem os Estados Unidos, ainda sem um horizonte de recuperação à vista, o senhor diria que seguimos em direção a um tempo de declínio da hegemonia americana?

Nós de fato caminhamos em direção à Era do Declínio Americano. As guerras dos últimos dez anos demonstram como vem falhando a tentativa americana de consolidar sua solitária hegemonia mundial. Isso porque o mundo hoje é politicamente pluralista, e não monopolista. Junto com toda a região que alavancou a industrialização na passagem do século 19 para o século 20, hoje a América assiste à mudança do centro de gravidade econômica do Atlântico Norte para o Leste e o Sul. Enquanto o Ocidente vive sua maior crise desde os anos 30, a economia global ainda assim continua a crescer, empurrada pela China e também pelos outros Brics. Ainda assim, não devemos subestimar os Estados Unidos. Qualquer que venha a ser a configuração do mundo no futuro, eles ainda se manterão como um grande país e não apenas porque são a terceira população do planeta. Ainda vão desfrutar, por um bom tempo, da notável acumulação científica que conseguiram fazer, além de todo o soft power global representado por sua indústria cultural, seus filmes, sua música, etc.

Não só por desdobramentos político-militares do 11/9, mas também pela emergência de novos atores no mundo globalizado, criam-se situações bem desafiadoras. Por exemplo, o que o Ocidente sabe do Islã? E dos países árabes que hoje se levantam contra seus regimes? Qual é o grau de entendimento da China? Enfim, o Ocidente enfrenta dificuldades decorrentes de uma certa superioridade cultural ou arrogância histórica?

Ao longo de toda uma era de dominação, o Ocidente não só assumiu que seus triunfos são maiores do que os de qualquer outra civilização, e que suas conquistas são superiores, como também que não haveria outro caminho a seguir. Portanto, ao Ocidente restaria unicamente ser imitado. Quando aconteciam falhas nesse processo de imitação, isso só reforçava nosso senso de superioridade cultural e arrogância histórica. Assim, países consolidados em termos territoriais e políticos, monopolizando autoridade e poder, olharam de cima para baixo para países que aparentemente estavam falhando na busca de uma organização nas mesmas linhas. Países com instituições democráticas liberais também olharam de cima para baixo para países que não as tinham. Políticos do Ocidente passaram a pensar democracia como uma espécie de contabilidade de cidadãos em termos de maiorias e minorias, negando inclusive a essência histórica da democracia. E os colonizadores europeus também se acharam no direito de olhar populações locais de cima para baixo, subjugando-as ou até erradicando-as, mesmo quando viam que aqueles modos de vida originais eram muito mais adequados ao meio ambiente das colônias do que os modos de vida trazidos de fora. Tudo isso fez com que o Ocidente realmente desenvolvesse essa dificuldade de entender e apreciar avanços que não fossem os próprios.

Essa superioridade do Ocidente pode mudar com a emergência de uma potência como a China?

Mas mesmo a China, que no passado remoto era tida como uma civilização superior, foi subestimada por longo tempo. Só depois da 2ª Guerra é que seus avanços em ciência e tecnologia começaram a ser reconhecidos. E só recentemente historiadores têm levantado as extraordinárias contribuições chinesas até o século 19. Veja bem, ainda não sabemos em que medida a cultura, a língua e mesmo as práticas espirituais da Pérsia, hoje Irã, enfim, em que medida aquele fraco e frequentemente conquistado império influenciou uma grande parte da Ásia, do Império Otomano até as fronteiras da China. Sabemos? Temos grande dificuldade em compreender a natureza das sociedades nômades, bem como sua interação com sociedades agrícolas assentadas, e hoje a falta dessa compreensão torna quase impossível traduzir o que se passa em vastas áreas da África e da região do Saara, por exemplo, no Sudão e na Somália. A política internacional fica completamente perdida quando confrontada por sociedades que rejeitam qualquer tipo de estado territorial ou poder superior ao do clã ou da tribo, como no Afeganistão e nas terras altas do sudoeste asiático. Hoje achamos que já sabemos muito sobre o Islã, sem nem sequer nos darmos conta de que o radicalismo xiita dos aiatolás iranianos e o sonho de restauração do califado por grupos sunitas não são expressões de um Islã tradicional, mas adaptações modernistas, processadas o longo século 20, de uma religião prismática e adaptável.

Com todos esses exemplos de ‘mundos’ que se estranham, o senhor diria que a história corre o risco das distorções?

Apesar de todos esses exemplos, sou forçado a admitir que a arrogância histórica ocidental inevitavelmente se enfraquece, exceto em alguns países, entre eles os EUA, cujo senso de identidade coletiva ainda consiste na crença de sua própria superioridade. Nos últimos dez anos, a história tomou outro curso, muito afetada pelas imigrações internacionais que permitem a mulheres e homens de outras culturas virem para os “nossos” países. Dou um exemplo: hoje a informação municipal na região de Londres onde vivo está disponível não apenas em inglês, mas em albanês, chinês, somali e urdu. A questão preocupante é que, como reação a tudo isso, surge também uma xenofobia de caráter populista, que se propaga até nas camadas mais educadas da população. Mas, inegavelmente, numa cidade como Londres ou Nova York, onde a presença dos imigrantes de várias partes é forte, existe hoje um reconhecimento maior da diversidade do mundo do que se tinha no passado. Turistas que buscam destinos na Ásia, África ou até mesmo no Caribe costumam não entender a natureza das sociedades que cercam seus hotéis, mas jovens mulheres e homens que hoje viajam, a trabalho ou estudos, para esses lugares, já criam outra compreensão. Em resumo, apesar da expansão de xenofobia, há motivos para otimismo porque a compreensão abrangente do nosso tempo complexo requer mais do que conhecimento ou admiração por outras culturas. Requer conhecimento, estudo e, não menos importante, imaginação.

Imaginação?

Sim, porque essa compreensão abrangente é frequentemente dificultada pelo persistente hábito de políticos e generais passarem por cima do passado. O Afeganistão é um clamoroso exemplo do que estou dizendo. Temo que não seja o único.

Na sua opinião, estaríamos atravessando um momento regressivo da humanidade quando fundamentalismos religiosos impõem visões de mundo e modos de vida?

O que vem a ser um momento regressivo? Esta é a pergunta que faço. Não acredito que nossa civilização esteja encarando séculos de regressão como ocorreu na Europa Ocidental depois da queda do Império Romano. Por outro lado, devemos abandonar a antiga crença de que o progresso moral e político seja tão inevitável quanto o progresso científico, técnico e material. Essa crença tinha alguma base no século 19. Hoje o problema real que se coloca, o maior deles, é que o poder do progresso material e tecnocientífico, baseado em crescente e acelerado crescimento econômico, num sistema capitalista sem controle, gera uma crise global de meio ambiente que coloca a humanidade em risco. E, à falta de uma entidade internacional efetiva no plano da tomada de decisão, nem o conhecimento consolidado do que fazer, nem o desejo político de governos nacionais de fazer alguma coisa estão presentes. Esse vazio decisório e de ação pode, sim, levar o nosso século para um momento regressivo. E certamente isso tem a ver com aquele “sentido de desorientação” que discutimos no início da entrevista.

Apoiado na sua longa trajetória acadêmica, que conselhos o senhor daria aos jovens historiadores de hoje?

Hoje pesquisar e escrever a história são atividades fundamentais, e a missão mais importante dos historiadores é combater mitos ideológicos, boa parte deles de feitio nacionalista e religioso. Combater mitos para substituí-los justamente por história, com o apoio e o estímulo de muitos governos, inclusive. Se eu fosse jovem o suficiente, gostaria de participar de um excitante projeto interdisciplinar que recorresse à moderna arqueologia e às técnicas de DNA para compor uma história global do desenvolvimento humano, desde quando os primeiros Homo sapiens tenham aparecido na África oriental e como elas se espalharam pelo globo. Agora, se eu fosse um jovem historiador latino-americano, daí eu poderia ser tentado a investigar o impacto do meu continente sobre o resto do mundo. Isso, desde 1492, na era dos descobrimentos, passando pela contribuição material desse continente a tantos países, com metais preciosos, alimentos e remédios, até o efeito da América Latina sobre a cultura moderna e a compreensão do mundo, influenciando intelectuais como Montaigne, Humboldt, Darwin. E, evidentemente, eu pesquisaria a riqueza musical do continente, fosse eu um latino-americano. Isso é tudo o que eu quero dizer.


----

Site sobre o Brasil contemporâneo: Diretas Já

O movimento das Diretas Já é um dos principais temas do projeto "Brado retumbante: do golpe às diretas", coordenado por Paulo Markun.
Conheça: http://bradoretumbante.org.br/

Agradecemos a informação fornecida pelo colega Vanderlei Machado.

II Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: sociedade e cultura


No período de 07 a 10 de novembro do corrente ano acontecerá o II Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: sociedade e cultura, promovido pelo Programa de Pós Graduação em História da UFCG, em parceria com a Unidade Acadêmica de História e Geografia.
A programação é constituída por minicursos, grupos de trabalho, mesas-redondas, palestras, conferências e atividades culturais.
Inscrições de comunicações orais e posters podem ser feitas até 14 de outubro de 2011.


Mais informações: http://www.ufcg.edu.br/~historia/iisnfdph/

Congresso sobre estudos orientais e eslavos

As inscrições para o I Congresso Internacional de Estudos Orientais e Eslavos, da UFRJ, foram prorrogadas para ouvintes (inscreva-se até 10 de outubro). Mais informações:
http://orientaiseeslavas.blogspot.com/2011/09/i-congresso-internacional-de-estudos_15.html

Palestra com Portelli na UNIOSTE

Nesta semana, Alessandro Portelli proferirá a palestra "Memória e globalização: a luta dos trabalhadores contra o fechamento da Thyssen-Krupp em Terni, Itália", na UNIOESTE de Marechal Rondon, Paraná.
Data e horário: 23 de setembro, às 8h30.
Local: Tribunal do Júri, campus da UNIOESTE de Marechal Cândido Rondon-PR.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Lançamento de livro - História e Arte

Dentro da programação do IV Colóquio de História e Arte, promovido pelo PPGH/UFSC (linha de pesquisa "Política, Escrita, Imagem e Memória"), entre 27 e 29 de setembro de 2011, será lançado o livro História e arte: movimentos artísticos e correntes intelectuais, organizado pelas Profas. Dras. Maria Bernardete Ramos Flores e Maria de Fátima Fontes Piazza.
O lançamento será feito no hall de entrada do CFH, às 19h de 28 de setembro, e contará com a performance "Impermanências", com a bailarina Vera Sala.
Prestigie!


IV Colóquio de História e Arte: Imagem e Memória



A Linha de Pesquisa "Política, Escrita, Imagem e Memória", do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC, promoverá, entre 27 e 29 de setembro de 2011, o IV Colóquio de História e Arte: Imagem e Memória. Inscrições gratuitas. Mais informações no site:
http://www.labharte.ufsc.br/index.html

Conheça a programação:
27/09/2011
19:00 - CONFERÊNCIA INAUGURAL
José Emílio Burucúa - UNSAM- Universidad Nacional de San Matín - Argentina
Apariciones y eclipeses del mito de Ulises en la civilización latinoamericana

28/09/2011
9:00 - 12:00
Mesa Redonda: IMAGEM E MEMÓRIA: A ARTE DA MONTAGEM
Ana Lucia Vilela - UFSC
Vladimir e Rosa de Godard: disjunções entre história e ficção
Maria Angélica Melendi - UFMG
O museu das insignificâncias:a memória, a arte e os restos da derrota.
Maria Bernardete Ramos Flores - UFSC
Quando a serpente assume o lugar do cavalo. Deuses e códices na obra plástica de Xul Solar
Fernando Boppré - MVM-Museu Victor Meirelles
A roda da fortuna: Arthur Bispo do Rosário e Marcel Duchamp

14:00 - 16:00
LA CAUTIVA - IMAGEM E TEXTO
Fábio Francisco Feltrin Souza - UFFS
Espectografias da Nação: o "eu" e o "outro" no discurso fundacional da Argentina
Maraliz de Castro Vieira Christo - UFJF
Mulheres cativas na pintura de Raymond Monvoisin.
José Alves de Freitas Neto - UNICAMP
"Sueños brillantes de la inquieta fantasía": fronteiras, espaços e tradições literárias a
partir de La Cautiva de Esteban Echeverría (1837)


16:30 - 18:30
IMAGEM, MUSEU E MEMÓRIA
Maria de Fátima Fontes Piazza - UFSC
O Palácio Capanema: da charge a monumento nacional
Emerson Dionisio Gomes de Oliveira - UNB
A História da Arte na ausência da Imagem da Arte: uma questão para acervos museológicos
contemporâneos.

Letícia Borges Nedel - UFSC
Historiadores e acervos: desencontros entre familiares

29/09/2011
9:00 - 12:00
Mesa Redonda: IMAGEM CÊNICA E MEMÓRIA
Vera Regina Martins Collaço - UDESC
Registros Cênicos: subsídios para a construção da cena
Maria Helena Werneck - UNIRIO
Memória e registro da cena em vídeo: fragmentos de teatralidade
Filomena Chiaradia - UNIRIO
Iconografia teatral: novos discursos para a história da cena

14:00 - 16:00
MEMÓRIA E TESTEMUNHO - IMAGENS DA VIOLÊNCIA
Patrícia Peterle Figueiredo Santurbano - UFSC
Memória e ressemantização da Resistenza : as imagens literárias de Elio VittoriniKarl Erik Schollhammer - PUC/Rio
Mário César Coelho - UFSC
"Vidas em guerras nos quadrinhos"

16:30 - 18:30
MEMÓRIA E TESTEMUNHO: CINEMA E LITERATURA
Coordenação:Ana Brancher - UFSC
Adriano Luiz Duarte - UFSC
De "dentro do bosque" a "Rashomon": literatura, cinema e história
Alexandre Busko Valim - UFSC
Farenheit, Celsius e outros modos de se medir a temperatura política: o cinema estadunidense no pós 11 de setembro de 2011
Alexandre Montaury Baptista Coutinho - PUC/Rio
Partilhas do real, paisagens do comum

19:00 - CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO
Jeanne Marie Gagnebin - UNICAMP
O que é a imagem dialética? 

domingo, 11 de setembro de 2011

LANÇAMENTO DE LIVRO

Prezados (as) amigos (as),
é com grande prazer que anunciamos o lançamento do livro da historiadora serrana SARA NUNES.

A obra CASO CANOZZI - UM CRIME E VÁRIOS SENTIDOS é um trabalho de pesquisa sobre um crime que aconteceu em Lages, Santa Catarina, no ano de 1902. Trata-se do assassinato do caixeiro viajante Ernesto Canozzi e seu empregado Olintho Pinto Centeno. Foram apontados como culpados por este crime os irmãos Thomaz e Domingos Brocato, dois jovens italianos que fugiram da Sicília, moraram em Buenos Aires e também no Rio Grande do Sul, antes de se estabelecerem em Lages. Tal crime aconteceu em um cenário marcado pelos desejos de modernização e civilidade.

Ao escolher como tema de pesquisa um fato criminoso, Sara Nunes procura identificar as relações sociais em meio às quais o episódio aconteceu. Mais do que isso, entende que foram essas redes de relações que construíram as narrativas sobre o crime.

O lançamento acontece durante a 4a Bienal do Livro de Santa Catarina, no dia 20 de setembro de 2011, às 20h, no CentroSerra, em Lages. Estande da ALE - Associação Lageana de Escritores. A obra será vendida a R$ 35,00 (trinta e cinco reais) no evento. Maiores informações: (49) 9996.3814 (TIM) - Fernando Leão

Sobre a autora
SARA NUNES
Graduada em História pela UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina. Mestre em História Cultural pela UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente doutoranda em História Cultural pela UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina. Desenvolve pesquisas sobre a história da Serra Catarinense, especialmente Lages. Atua também como produtora audiovisual. Participou da ficção Guerra de Sombras (2007, produção e pesquisa), dos documentários Coxilhas (2008, produção, pesquisa e direção), O chão de minha terra: a vida de Nereu Ramos (2009, pesquisa). Faz parte do Conselho Municipal de Política Cultural de Lages, como suplente no setor de Literatura, Memória e Patrimônio. Presidente da Associação Cultural Serra Arte. É professora do quadro docente do IFC – Instituto Federal Catarinense, campus avançado de Ibirama.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

OFICINA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: USOS E PRÁTICAS EM MUSEUS
Professora: Mariana Girardi Barbosa Silva
Carga Horária: 6 h/a
Período de Inscrição: 6/09 à 14/10/2011
Local: Tesouraria dos dois Campi 
Investimento: R$ 50,00 para público interno (acadêmicos, egressos, funcionários e professores do Grupo UNIASSELVI) e R$ 65,00 para público externo.
Realização do Curso: 19 e 26 de outubro de 2011
Horário:
  Das 19h às 22h
Local: Campus I  -  Rua Dr. Pedro Zimmerman, 385 Salto do Norte - Blumenau
Informações: Coordenadoria de Extensão da FAMEBLU - (47) 3321-9058 - das 13h às 22h
ass.extensao.fameblu@uniasselvi.com.br



--
Ma. Mariana Girardi Barbosa Silva
Historiadora
Coordenadora Museu Hering
(47) 3321 3341 - (47) 8844 0424

terça-feira, 6 de setembro de 2011

SEMINÁRIO: A PESQUISA HISTÓRICA EM EDUCAÇÃO

Prezados/as colegas,

a ANPUH- Seção Santa Catarina e a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC) convidam para o seminário "A pesquisa histórica em Educação", com a participação do Prof. Dr. Carlos Eduardo dos Reis (UFSC), a Professora Dra. Gladys Mary Teive (UDESC) e o Prof. Dr. Norberto Dallabrida (UDESC). O evento acontecerá no Plenarinho da Assembleia, no dia 22 de setembro de 2011, das 15h30 min às 18h. Após o seminário, haverá o coquetel de lançamento do mais novo livro do Prof. Carlos Eduardo dos Reis, intitulado Dimensões contextuais da educação brasileira: a educação nas mensagens presidenciais de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek (1951-1960).

A Diretoria da ANPUH - Seção Santa Catarina (2010-2012) solicita aos seus associados que divulguem o evento para os seus contatos, lembrando que se trata de um seminário voltado para as universidades e escolas públicas da Grande Florianópolis.

Att,
Prof. Jéferson Dantas.

--
PROFESSOR JÉFERSON DANTAS, 

SECRETÁRIO GERAL DA ANPUH - SEÇÃO SANTA CATARINA
(GESTÃO 2010-2012)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

CHAMADA DE ARTIGOS

A Revista Eletrônica História em Reflexão administrada pelo corpo discente  do Programa de Pós Graduação em História da UFGD, nível de Mestrado, realiza chamada de artigos para o vol. 5, n. 10, jul/dez de 2011
 Dossiê: Paisagem cultural: uma contribuição ao debate

 Próximo Dossiê: Estudos sobre Fronteira
 Chamada de Artigos para o Vol. 6, n. 11, jan/jun de 2012.

 Os/as interessados/as em submeter artigos para a X edição (Jul/Dez) devem enviar seus trabalhos até o dia 14 de agosto de 2011, por meio do email: historiaemreflexao@ufgd.edu.br

Aguardamos sua colaboração e solicitamos apoio na divulgação.

 Att.

Comissão Editorial

 http://www.periodicos.ufgd.edu.br/index.php/historiaemreflexao
 

CONCURSO PÚBLICO UNICAMP

Concurso para professor doutor
Concurso de provas e títulos para Professor Doutor, Nível MS3, em RTP (Regime de Turno Parcial)  com opção preferencial para RDIDP (Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa) , área de História do Brasil, disciplina História do Brasil III (Primeira República), Departamento de História/IFCH/UNICAMP.
O Edital foi pubicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, Poder Executivo - Seção I - pag. 159 no dia 19/08/11 (6ª feira)
Inscrições a partir do dia 22/08/11;
Encerramento em 20/09/11.
 

DIVULGAÇÃO DE LIVRO

Prezado  ,

Estamos apresentando o livro Aprendizagens e Jogos Digitais, de Eucidio Pimenta Arruda.
Aproveitamos para solicitar uma visita ao nosso website e informar que o livro já está disponível para vendas. Caso essa obra atenda ao programa de sua disciplina e possa ser indicada como bibliografia, você pode solicitar um exemplar para avaliação, com desconto especial de 50% sobre o preço de capa*, até dia 10 de setembro de 2011.
Entre em contato com nosso Departamento de Marketing pelo e-mail divulgacao@atomoealinea.com.br, e mantenha seu cadastro atualizado.

     
  Visitar página do livro
 


Aprendizagens e Jogos Digitais
Eucidio Pimenta Arruda



A obra, que tenho a satisfação de apresentar ao público, é resultado da investigação desenvolvida por Eucidio Pimenta Arruda - colega de trabalho na UFU - no Programa de Doutorado em Educação da UFMG, sob a orientação de Lana Mara de Castro Siman. O autor nos lança vários desafios, dentre eles: como os jovens aprendem? Quais são os espaços de aprendizagem privilegiados pelos jovens na sociedade contemporânea? Como os jovens se relacionam com os saberes ensinados na escola e os saberes midiáticos? A obra traz contribuições significativas para os profissionais da educação, particularmente, para professores e pesquisadores da área de ensino e aprendizagem em História, pois nos apresenta análises de aprendizagens, raciocínios e ideias históricas que os sujeitos/jogadores operam por meio do jogo de computador Age of Empires III,que simula acontecimentos históricos. Assim, os resultados da pesquisa de Eucidio, inéditos na nossa área, certamente suscitarão novos questionamentos, refle xões, buscas sobre o papel da mídia e dos espaços virtuais na aprendizagem histórica. Convido a todos a, como eu, ter o privilégio de conhecer o trabalho do Eucidio que nos permite ter acesso a um universo de pesquisa e aprendizagem ainda novo e desconhecido para muitas gerações de professores e pesquisadores.
Selva Guimarães

 
Ver sumário
 

Sobre os autores
 

* Faça sua solicitação por e-mail.
     
  ISBN 978-85-7516-463-1
1ª edição

agosto/2011
196 pag. | 140 x 210 mm

Preço de capa: R$ 35,00
Por: R$ 17,50*
 
     
 
     

Visite nosso website: www.grupoatomoealinea.com.br
 


CONTRATAÇÃO DE PROFESSORES/AS PARA O TIMOR LESTE

A Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL), neste momento a única instituição pública de ensino superior deste
país, objetiva contratar em regime temporário, para o ano letivo de 2012, docentes oriundos de outros países lusófonos.


Por meio dos recursos do Fundo soberano para o Desenvolvimento do Capital Humano de Timor-Leste, oferece remunerar cada docente com US$ 3.500 dólares por mês, pelo período de 10 meses, de fevereiro a novembro, com recesso em julho. Também assumiria passagens de ida e volta.

Como requisitos mínimos, exige o título de mestre e a disposição de lecionar 3 disciplinas por semana, por dois semestres, a alunos de Bacharelato/Licenciatura.

A UNTL está firmando parcerias institucionais no Brasil para consolidar o processo de seleção e preparação desses quadros. Não obstante, de modo a divulgar a demanda, desde já torna públicas as áreas em que entende haver maiores carências:

- Na Faculdade de Ciências Sociais, cadeiras de introdução (1º ano) às seguintes disciplinas:
Administração Pública
Ciências Governamentais
Desenvolvimento Comunitário/Serviço Social
Políticas Públicas

- Na Faculdade de Ciências Sociais, cadeiras de introdução (1º ano) às seguintes disciplinas:
Gestão
Estudos do Desenvolvimento
Comércio e Turismo

Interessados podem contactar Francisco Figueiredo de Souza, diplomata da Embaixada do Brasil em Timor Leste, pelo e-mail: frasouza@gmail.com

 
<http://../undefined/compose?to=frasouza>

SELEÇÃO PARA PROFESSORES E PROFESSORAS DE HISTÓRIA

Seleção para Professor Temporário, classe Assistente 40 horas em História da África para a UFF-Campos. A seleção constará de uma Prova Escrita (eliminatória); Avaliação de Currículo e Prova Didática.
Nos próximos dias o Edital estará disponível na página da UFF (www.uff.br
 
). Segundo informação corrente, dessa vez as inscrições, o acesso aos pontos das provas  serão feitos ON-LINE.
A seleção está prevista para a primeira semana de outubro.
Grato.

Márcio de Sousa Soares
Coord. Curso de História
PUCG/UFF-Campos