quinta-feira, 28 de julho de 2011

AS MUITAS LIÇÕES DE UMA GREVE


Artigo publicado originalmente no Jornal Notícias do dia (Florianópolis/SC) no dia 26 de julho de 2011.
 
 
 
Jéferson Dantas[1]

Nenhuma greve passa incólume por qualquer trabalhador. Os aprendizados são inúmeros e a greve do magistério catarinense foi uma clara demonstração de como a classe docente modificou suas ações e enfrentamentos em relação às estratégias de desqualificação e desmobilização do aparato estatal. Reivindicou de forma justa e legítima a instituição da Lei nº 11.738 (Piso Salarial Nacional), que foi aprovada em julho de 2008, mas que o governo LHS fez questão de fazer vistas grossas e ouvidos moucos. Até mesmo a mídia de massa foi obrigada a reconhecer que a greve do magistério tratava-se de um movimento organizado em concordância com preceitos constitucionais, assegurando espaços de debates em seus tablóides. Sem falar dos recursos desviados do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), questão que veio à tona durante a greve graças à denúncia de parlamentares da oposição.


O Projeto de Lei Complementar (PLC) 026/2011 que altera o plano de carreira e o salário dos professores foi aprovado em tempo recorde antes do recesso dos parlamentares catarinenses, numa manobra antidemocrática, já que não se constituiu um prazo mínimo para que todos/as os/as parlamentares lessem o conteúdo do PLC e fizessem as devidas considerações numa plenária aberta ao público. O que se viu – amplamente divulgado por jornais, tevês e portais da internet – foi a truculência das tropas de choque na Assembleia Legislativa, evitando que os ‘perigosos’ professores interrompessem a votação do projeto de lei (que prejudica o magistério catarinense).


Com o fim da greve e o recomeço das aulas eis que os/as professores/as puderam avaliar a importância de sua força coletiva. Nas redes sociais virtuais é amplo o debate sobre as estratégias políticas futuras, além de um espírito combativo que extrapola os limites das salas de aula. Há inclusive a ideia compartilhada de se constituir um partido político formado apenas por professores/as, já que uma das avaliações da classe docente é de que o atual parlamento catarinense é vastamente fisiológico e está longe de representar os interesses públicos (com algumas raras exceções). Num contexto em que as futuras gerações formadas nos bancos das universidades catarinenses não querem exercer a profissão do magistério pelos baixos salários e péssimas condições de trabalho, os professores e professoras catarinenses demonstraram que a politização do debate educacional é urgente e necessária. É uma luta coletiva que se insurge não apenas em relação a uma reivindicação pontual. Trata-se de uma assisada denúncia dos desmandos do poder público e os seus correspondentes efeitos na educação básica catarinense. I







[1] Historiador e Doutorando em Educação (UFSC). Pesquisador e articulador pedagógico na Comissão de Educação do Fórum do Maciço do Morro da Cruz, Florianópolis/SC. E-mail: clioinsone@gmail.com.

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA: ESCRITOS DA CARNE

 
   
 
No próximo dia 29 de julho, o público de Itajaí e região poderá visitar a exposição fotográfica e literária, 'Escritos da Carne'. O projeto, viabilizado através do Edital Elisabeth Anderle, da Fundação Catarinense de Cultura, é de autoria da  historiadora e professora universitária, Carla Fernanda da Silva, que há algum tempo pesquisa questões relacionadas ao corpo, ao erótico e à sexualidade humana.

A exposição é composta por 21 fotografias de pessoas/casais com textos eróticos escritos em seus corpos. As imagens são de autoria dos fotógrafos Aline Assumpção, Charles Steuck, Carla Fernanda da Silva, Carlos Lobe, Ivan Schulze, Mariana Florêncio e Sally Satler.

Cada casal  fotografado escolheu um texto que tivesse especial significado em sua vivência do erótico, "e foi também co-autor da imagens, contribuindo na construção das cenas, que são parte da narrativa", explica a fotógrafa Aline Assumpção.

Segundo Carla, a idealizadora do projeto, a ideia é representar difetentes corpos de pessoas magras, gordas, atléticas, jovens idosos, heterossexuais, homossexuais, mostrando sua sexualidade e a diversidade humana; trazendo, ainda, a literatura erótica para o corpo, com o objetivo refletir sobre o papel do erótico em nossa contemporaneidade, assim como interagir com o público, fazendo-o questionar sobre a vivência de sua sexualidade e a relação com seu corpo.

"A literatura erótica emana do corpo para a escrita, em Escritos da Carne, fazemos que esta literatura retorne para o corpo, para a pele", comenta Carla.
 
 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

CHAMADA DE ARTIGOS

Chamada de artigos para vol. 24 n.2. 2011

 
É com grande satisfação que anunciamos a chamada de artigos para a edição v.24, n.2. 2011 da Revista Cadernos de Pesquisa do CDHIS, uma publicação do Centro de Documentação e Pesquisa em História do Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia / CDHIS / UFU.

A Revista tem como objetivo publicar artigos relacionados às temáticas de acervos, coleções, documentos, arquivos, patrimônio e memória, além de divulgar os resultados de pesquisas concluídas e em andamento nos Programas de Pós-Graduação em História e no campo das Ciências Sociais e Humanas da Universidade Federal de Uberlândia e das demais universidades brasileiras.

Para esta edição estamos organizando o dossiê:
Cultura e Política no Brasil República: entre práticas e representações

A proposta é reunir reflexões acerca das práticas e representações nos campos da cultura e da política que evidenciem as tramas complexas, desafiadoras e multifacetadas presentes na conformação do campo político, nas sociabilidades, na construção de identidades sociais e no jogo de forças que emerge no interior dos impasses e rearranjos sociais na República, desde sua implantação até os dias atuais.


O prazo para recebimento de artigos do dossiê e das diferentes seções da Revista, encera-se em 31 de julho.

Para submissão de artigos, consulte as Diretrizes para Autores, ou acesse o endereço:
http://www.seer.ufu.br/index.php/cdhis/announcement/view/26


Atenciosamente,
Profa. Dra. Carla Miucci (cmfbarros@inhis.ufu.br)
Prof. Dr. Paulo Sérgio da Silva (paulounesp@yahoo.com.br)
Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia
INHIS / UFU- tel. (34) 3239-4130
CDHIS / UFU tel. (34) 3239-4204